Se conheciam desde que se conheciam por gente, era mesmo de se admirar toda aquela cumplicidade, a forma como sabiam só de se olhar o que o outro queria, até mesmo em suas partidas de futebol, o olhar dizia qual era a jogada, e a parceria previa que o resultado seria gol.Foram crescendo...os anos se passaram, agora eles já tinham 15 anos, a mudança de escola os fizeram separar e consequentemente conhecer novos amigos, mas nunca se esqueciam. Todos os finais de semana era em uma das casas que marcavam de jogar videogame e compartilhar os fatos da semana, agora já não eram os mesmos.
A maioridade chegou, alguns agora trabalhavam, estudavam, namoravam...ainda permanecia a amizade, em alguns finais de semana jogavam uma pelada, em outros iam juntos para as festas; mas era só de vez enquando. Aos poucos foram se perdendo, o contato demorava mais e quando era feio pareciam mais que desconhecidos.
[...] A vida passou.
Aos trinta dois deles seguiam uma sociedade em uma grande industria de confecção, outro herdara uma grande herança do pai, investira em imoveis e preparava o seu casamento, o mais velho de todos ainda bebia com frequencia e vivia de alguns bicos em informatica e o ultimo deles era um famoso arquiteto, estava casado e sua mulher acabara de criar um famoso sistema operacional.
Nunca mais se viram ou se falaram; viveram suas vidas apenas com as lembranças de um passado e de amigos bons que não souberam cultivar.
Uma dica? Cultive as amizades, você não sabe o que/quem o futuro te reserva.
Por Lahis Nascimento
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