27 de setembro de 2011

O que o tempo não faz esquecer... (Parte I)

Era manhã de um daqueles sabados preguiçõsos, quando meu telefone tocou, atendi com raiva - afinal era sabado - mas sem ao menos esperar que eu disesse 'alô', ouvi a voz que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo, tinha vestigios de desespero; Pietro...
"Ouça Liz, faz nove anos que não conversamos mais, nove anos que perdi você, e eu sei que nunca entendeu o motivo de termos nos afastado. Imagino como deve ter sido dificil pra você, eu sei o quanto eu significava pra você, o quanto era importante e talvez por isso eu tenha preferido partir. Eu não queria estragar tudo que havia entre nós, por isso tive medo de arriscar, medo de te dizer que na verdade eu te amava, e que não era aquele amor de amigo, de irmão como a gente dizia ser, era um simples amor de homem pra mulher. Sei que pode ser tarde demais pra te dizer isso, provavelmente você esta namorando, ou até mesmo casou; tento saber noticias suas através dos nossos amigos em comum, mas sei que você pode não está do jeito que me falam, sei que muita das vezes suas expressões não revelam o que realmente está sentindo.
Te liguei pra dizer que estou arrependido, e que durante todos os dias desses nove anos, foi em você que eu pensei quando abri os olhos ao acordar e você que imaginava antes de dormir; meus romances foram em vão, ter te deixado foi como arrancar meu coração, eu o deixei com você, mas nem te disse que era pra cuidar dele, nem disse o 'adeus' que você não merecia ouvir. Me perdoe, errei, e se pudesse voltar ao tempo te diria que é o amor da minha vida, e que o tempo vai passar e eu vou continuar te amando, pra sempre. Sinto saudade, sinto sua falta; obrigado por tudo."


[continua...]

Lahis do Nascimento Batista

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