Retornos do amor.

Não, ele sabia que não conseguiria dar mais um passo sabendo que estava deixando para trás seu grande amor. Desistiu. Deu meia volta, saiu empurando todos que estavam atrás dele na fila de embarque; procurou entre as centenas de malas a sua, e saiu correndo. Pegara o primeiro taxi que passou e pediu ao taxista - forte e com cara de sono - para que corresse, aquele era quase que um caso de vida ou morte. Afinal havia deixado sua vida, havia deixado seu coração naquela pequena cidade de Amsterdam, aquele lugar simples e envolvente por si só.
Agora a alguns metros de distancia da casa de Juliett, ele ensaiava mais uma vez o discurso que havia preparado afim de convence-la a deixa-lo entrar novamente em sua vida. Finalmente quando chegou a beira da porta, a viu lendo o livro que ele a dera, estava encolhida deibaixo de um edredom, perto da lareira, com os cabelos presos no alto formando um grande coque, linda como ele a tinha em seus pensamentos. Apertou a campanhia vagarosamente e a observou levantar e passar as mãos em seu rosto. Demorou alguns segundos para abrir a porta, e ao vê-lo ficou palida e sem movimentos como uma estatua, entre eles o silencio. Ele quis dizer tudo, mas não conseguiu pronunciar nenhuma palavra, seu coração batia tão forte que achou que ia pular pra fora, suas pernas bambas e suas mãos tremulas não o obedeciam; fechou os olhos concentrando-se ao maximo, a tomou em seus braços, e entre eles agora havia nada além de amor.Palavras, explicações, pedidos ou desculpas não foram precisas; afinal o amor não se explica, não se define, apenas se sente, se vive, e era isso que eles estavam fazendo naquele exato momento, era isso que fariam JUNTOS pelo resto de suas vidas.

Lahis do Nascimento Batista.

PS: Ficarei um pouco sumida, por motivos maiores; mas não abandonarei, virei sempre que puder. Um abraço a todos os visitantes e seguidores. *__*