21 de dezembro de 2011

RENASCIDO DAS CINZAS


Eu sabia, não era o fim, então olhei em seus olhos tentando encontrar o garoto do mar que me encabrerô. Não sei quem ousou dizer “a gente vai acabar esta noite”, lembro que o silencio inundara aquela sala, sob a voz da Patricia, a Poeta eu delirei ouvi-la anunciar: “Morre hoje mais uma historia de amor...”. O meu coração partira em mil pedaços que caiam dos meus olhos em forma de lagrimas, achei mesmo que o fim de toda uma vida a dois estava chegando ao seu derradeiro fim. Não hesitei, precisava e disse mais um vez - talvez aquela fosse a ultima, eu não perderia nada, talvez quem sabe, ganharia – “eu sempre vou te amar”, lembrei de mil canções e quis te puxar para mais perto, bem perto do meu coração e te fazer dormir, daquele jeito que eu gosto e você ama. Você? Nem sei se ouviu, estava longe demais, imaginei mil coisas que talvez você pudesse está pensando, mas cheguei a resposta obvia, estava pensando em nós, ou talvez nos singulares que estávamos prestes a nos tornar.
Eu vi quando enxugou mais que rápido uma lagrima enquanto eu não fazia questão de escondê-las, já haviam molhado toda a almofada que te dera no nosso aniversario de namoro, eu olhei os dizeres escritos nela “você me faz feliz” e lembrei-me de quantas vezes te prometi felicidade eterna, JUNTOS.
Puxei-o pra mais perto, você me pareceu tão fraco, nunca consegui te puxar daquele jeito e espero que nunca mais consiga, você deitou em meu colo e chorava como uma criança que acaba de perder seu brinquedo favorito, um adolescente que perde seu primeiro campeonato, ou melhor, um jovem que perde o seu primeiro (único) amor. Te trouxe um pouco mais pra perto, te dei um beijo e nesse momento eu quis parar o mundo, era bom e eu estava com saudade, você me abraçou forte e ficamos por ali o resto da noite, toda a madrugada, todos os dias que vieram e toda a eternidade que nos coube.

Por Lahis Nascimento

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